Clareamento dental deve ser feito com profissionais
O brasileiro é muito vaidoso. Basta voltar os olhos para o mercado de cosméticos para chegar a esta conclusão: o Brasil é o quarto consumidor deste tipo de produto no mundo. E na área da Odontologia parece não ser diferente: a procura por manter um sorriso harmônico, mais branco e iluminado tem aumentado cada vez mais nos consultórios. Isso porque o sorriso “perfeito” melhora a autoestima e, consequentemente, as relações interpessoais. Para conseguir o sorriso desejado, um dos aliados é o clareamento dental, que consiste na atenuação da cor através do uso de agentes químicos, como o peróxido de carbamida ou de hidrogênio, que atuam na permeabilidade do dente.
No entanto, é preciso alertar que não se trata apenas de um procedimento estético. O clareamento dental requer acompanhamento de um dentista, pois somente o profissional terá condições de indicar o melhor tipo a ser feito para cada paciente, a quantidade de produto que deve ser utilizado, o número de sessões e, no caso de algum problema ou efeito indesejado, poderá indicar o tratamento para minimizar uma possível reação, caso aconteça.
O clareamento dental não deve ser realizado em gestantes e lactantes, pessoas com restaurações amplas, pacientes com sensibilidade dentária, irritação gengival severas, fumantes e pacientes com condições pré-cancerígenas.
Existem algumas técnicas de clareamento disponíveis hoje: a técnica realizada em casa, com uma moldeira preparada pelo dentista e o uso de géis específicos, e as realizadas no consultório, também com géis clareadores ou com laser e fotoativação. Há ainda a técnica associada de clareamento dental, que vem se tornando cada vez mais popular principalmente pelas pessoas que querem um clareamento dentário mais intenso. Este método combina sessões de clareamento caseiro com o uso de moldeiras de clareamento e sessões em consultório. Há também a técnica de clareamento interno, para dentes que foram submetidos a tratamento de canal, e ainda a técnica com luz violeta, já disponível no Brasil.
Vale ressaltar que, para a correta escolha da técnica, é necessária a avaliação completa do paciente, identificando o estado bucal através de radiografias, anamnese e exame clínico. A causa da alteração da cor também deve ser avaliada e irá nortear o dentista na definição do tipo de clareamento a ser adotado. Não há como afirmar qual método é mais eficaz ou rápido, é preciso analisar caso a caso.
Alguns géis clareadores possuem ph ácido. Por isso, o profissional deve deixar o produto nos dentes do paciente durante um tempo pré-determinado, para evitar qualquer tipo de reação não desejada. Em geral, 25 minutos é o ideal para os produtos mais ácidos. Já os produtos menos ácidos podem permanecer nos dentes mais tempo, até 45 minutos, dependendo de cada situação.
Podem ocorrer sensibilidade dentária, irritação nas gengivas e inflamação da polpa dentária. O profissional e sua equipe também devem se precaver, utilizando luvas, aventais ou jalecos de manga comprida e óculos de proteção.
Pode ocorrer de novas manchas surgirem com o passar dos anos, alterando a cor obtida no clareamento. Mas isso acontece se o paciente consumir, de forma frequente, alimentos, bebidas, medicações ou quaisquer substâncias que provoquem pigmentação nos dentes.